segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

TRAGÉDIA | MECO - OPINIÃO


Bem, isto é um assunto que anda na boca do mundo.


São especulações para aqui, teorias da conspiração para ali e ninguém se entende.
Este é um daqueles casos que nos afeta um pouco a todos. 

Pessoal jovem + praxes + 1 sobrevivente.

Este assunto ainda está a ser falado porque existe de facto, um sobrevivente e esse mesmo sobrevivente pertence à praxe e hierarquicamente falando é o órgão máximo da praxe. E aí é que se centra a questão toda.


Os pais daqueles jovens querem saber tudo o que se passou naquela noite, até aí perfeitamente normal. Não imagino a perda de um filho porque não o tenho, mas sei o que é perder alguém, não nestas condições, mas noutras perfeitamente claras.
O desespero e a dor que estes pais sentem apodera-se deles próprios e a esperança de saber (pelo menos) o que se passou naquela noite, é de loucos.
Não sou ninguém para condenar ou deixar de condenar alguém. Mas por favor, não metam a praxe ao barulho. As pessoas têm de perceber que, na vida, quando lhes mandam atirar para um poço, dizem que não, correto? Então e na praxe? É exatamente igual. Ainda para mais, neste caso, estamos a falar de pessoas que não são caloiros nenhuns, que fazem parte de órgãos praxistas. Eu acho que quando oiço falarem da praxe noutros sítios devo estudar num sitio em que a praxe é mesmo aquilo que representa (apesar dos seus defeitos em algumas situações) porque já ouvi tantas parvoíces e anormalidades sobre a praxe noutros locais "cheios de tradição académica". Não estou com isto a dizer que lá o Dux é culpado ou inocente porque sobreviveu. Estou a dizer é que os factos têm de ser apurados como em qualquer outro caso e não deve ser de certeza o grande canal CMTV que os vai descobrir.

Lamento que esta situação tenha acontecido, muito menos a pessoas tão jovens e com uma vida inteira pela frente.


Joana O.

13 comentários:

  1. Pena nisto tudo é perceber mesmo que maior parte dos jovens não pensa por si proprio, ou não pensa de todo.
    Na opinião de muitos, posso estar a ser muito rígida... Mas não sei que raio têm eles na cabeça em irem para a praia em pleno Inverno com uma agitação marítima do caraças... Ainda por cima de madruga.
    E só tenho pena por causa dos pais, que deve ser do pior perder um filho - não tenho pena deles... Se fosse algo que não lhes estivesse ao alcance... Ok, a minha opinião não era esta, mas isto foii um ato de inconsciência que os levou a fazer isto e pronto, correu mal. Infelizmente, correu mal.

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    1. Exatamente Ana! Esta situação faz-me lembrar quando há acidentes com jovens que acabam por morrer. Quando se vai a ver ou era porque beberam excesso de alcool, ou porque estavam drogados ou porque deixaram a responsabilidade de pegar num carro em casa. É triste, é e muito como disse. Mas já são crescidinhos. Ah e as tragédias não acontecem só aos outros.

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    2. Ora nem mais! E a nada acrescento ao que disseste! :p

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  2. Concordo com o que dizes, há muita coisa por explicar, muita coisa que "não bate certo" e acho que os pais merecem saber a verdade para poderem fazer o seu luto. Também acho não deve ser nada fácil para o sobrevivente, porque afinal ele também perdeu amigos, presenciou tudo e podia até ter perdido a sua própria vida. Deve ser uma situação extremamente traumática.
    Também já andei na universidade, praxei, fui praxada e gostei. Nunca fui obrigada a beber nem a comer nada que não quisesse, nunca fui obrigada a fazer nada que colocasse em causa a minha integridade física.
    Não vale a pena andar a criar uma teoria da conspiração até porque o Correio da Manhã não é dos jornais mais credíveis deste país, e o mesmo se aplica ao canal. Esperemos que em breve o silêncio acabe e que estes pais, amigos e familiares consigam compreender o que realmente aconteceu naquela noite.

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  3. Sim concordo, "ninguém" sabe exatamente o que se passou naquela noite, mas acredito que quando as coisas estão marcadas tem que ser assim e não há nada que possamos fazer para mudar o destino...E eu falo disso porque o meu Avô morre umas semanas depois numa tragédia na costa da Caparica, conhecido publicamente porque o barco onde o meu avô estava virou-se... São coisas que até hoje ninguém consegue explicar o que aconteceu, nem mesmo o sobrevivente que navegava com o meu avô. As coisas acontecem muito depressa e pronto, sei que o meu avô morreu num lugar onde ele gostava pois ele amava o mar :).

    http://catarynamendes.blogspot.pt/

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    1. Oh minha querida lamento imenso esse acontecimento!! Mas sim, tens de pensar positivo e se ele amava o mar, assim o destino o quis. :)

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  4. Eu também vou ter de concordar com a tua opinião, ele deve pelo menos uma explicação aos familiares das vitimas, mas se nem a própria família o está a apoiar e ele próprio já se tentou suicidar, não acho que seja assim que vão conseguir alguma coisa. Ele para além do que aconteceu naquela noite, se foi com o intuito ou não do que aconteceu, vai sempre ficar marcado para o resto da vida, isso é certo. Em relação às praxes, acho que se não forem de mau agrado como já tenho ouvido dizer de algumas que são realmente estúpidas, não faz sentido nenhum tocarem nesse assunto, contudo as praxes ridículas deviam ser "controladas" ou estabelecer limites, mas isso, não tem que ver com este assunto porque isso já vem de outros tempos!
    millions-of-diamonds.blogspot.com

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    1. Exatamente ! Eu não defendo a praxe acima de tudo e mais alguma coisa. Sei que há imensas praxes por esse país fora que são estúpidas. E são essas mesmas praxes que acabam por denegrir o seu verdadeiro significado.

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  5. Custa-me muito ler isto, bem como ouvir algo relacionado com este assunto.. conhecia uma das raparigas que morreu, a Catarina. Morava na mesma cidade que eu, e andámos na mesma escola. Os pais dela estão destroçados, tal como imagino que os dos restantes estejam.. e lá está, o facto de haver tanto por explicar, faz com que tudo isto doa ainda mais..



    está a decorrer, pela primeira vez, um sorteio no meu blog! gostava muito que participasses :) beijoca

    La Joie de Vivre!

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    1. Lamento imenso por isso !! É uma situação péssima que não consigo imaginar desta maneira. Há imensos factos para apurar. :/

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  6. Concordo plenamente contigo. Enquanto estudava em Braga fui praxada de Setembro a Maio, todas as semanas, às vezes mais do que uma vez por semana. NUNCA, repito NUNCA, fiz nada que não quisesse. Na verdade os que me praxaram também nunca foram de abusar (apenas um que era um bocadinho frustrado com a vida), mas quando isso acontecia, dizia não e pronto. Amigos à mesma. Acho muito triste que venham agora a condenar a praxe no geral por causa deste incidente. Há praxes e mentalidades...

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  7. Neste assunto apenas peço para Deus tranquilizar o coração daquelas famílias. nem imagino o desespero que devem estar a passar.
    xoxo
    http://myheartaintabrain.blogspot.pt/

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