sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A MINHA VISÃO DA PRAXE ACADÉMICA.

Eu sei. Este post vai andar a volta do mesmo assunto, a praxe. Epá, desculpem-me, mas tem que ser. Tenho visto cada barbaridade por essa internet fora que as vezes pergunto-me se as pessoas acreditam mesmo naquilo que estão a dizer.
Isto tudo vem à baila por causa do mais recente acontecimento, a tragédia do meco. Mas não é disso propriamente dito que quero falar (novamente) porque há tanta coisa por explicar que iria ser só mais uma especulação.
Quero exprimir a minha opinião em relação à praxe.
Mais uma vez a praxe é falada pelos olhos de quem, definitivamente, nunca a conheceu, pelo menos como eu a conheço.
Hoje, consegui perceber mais um bocadinho do porquê de tanto 'ódio' à praxe. O que eu vou dizer a seguir pode não ter assim tanta credibilidade porque vou falar de um canal que se já tinha pouca, então com o novo guarda roupa da Judite, é melhor nem falar.
Vi uma 'reportagem' sobre a tragédia no meco, mais precisamente sobre a tradição académica na universidade em que aqueles jovens estudavam, a Lusófona.
Depois de assistir, peguei no comando e estava a dar na Rtp1 uma reportagem semelhante.
Em primeiro lugar, acho que os pais da jovem Joana são uns seres humanos super corajosos. Desde as palavras à atitude, são uns senhores que perderam a filha desta maneira e estão a ter uma postura muito correcta.
Em segundo lugar, quero dizer às pessoas que estudam na Lusófona e que aderem à praxe para fugirem. Fujam e arranjem um buraco! Agora compreendo quando algumas pessoas falam mal da praxe. Pudera! Mas que raio de tradição académica é a vossa??!!
Traçar perfis das pessoas que entram para os órgãos de praxe?
Deixar pessoas numa serra ao frio e sem qualquer tipo de contacto? Só para quê? Para ver como reagem sob pressão?
(entre outros)
Mas vocês vivem em que mundo? Chamam a isso praxe?
Bom, eu chamo de estupidez!
Assim até eu me torno anti-praxe porque se fazem isso a quem está interessado em entrar nos órgãos de praxe ou a quem já lá está, nem quero imaginar o que fazem aos vossos caloiros.
E quando existe um curso na Lusófona (se não estou em erro foi desporto) que não se quer reger pelo vosso código e que prefere praxar só enquanto curso, há alguma coisa que não bate certo. 
São nesses sítios que gritam para quem quiser ouvir que ali é que se pratica a verdadeira tradição académica e depois é o que se vê, merda!
Eu fui praxada e foi ali na praxe que aprendi que nós, seres humanos, temos a enorme capacidade de criar espírito de grupo, de sermos solidários uns com os outros, de nos unirmos em prol de um só. Foi ali na praxe que aprendi que não posso olhar só para o meu umbigo. E foi ali na praxe que conheci pessoas, que, quando um dia abandonar o ensino superior os levo como amigos, companheiros e fiéis de uma vida.
Não me venham dizer que a praxe é má. Quem a define é quem a pratica.




Joana O.

5 comentários:

  1. Concordo contigo! :) Mas sobre este assunto não vou mesmo pronunciar-me, não é por mal, mas já me cansa ouvir sempre toda a gente a falar no mesmo :(

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  2. Concordo contigo!

    Beijinhos

    http://retromaggie.blogspot.pt/

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  3. É verdade eu sou da opinião que quando as praxes já estão a desrespeitar os direitos de cada ser humano ai a própria pessoa deve dizer basta.

    SHE WALKS Blog

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  4. Nem sei como chamam a isso praxes :/

    http://coucoucaroline.blogspot.pt/

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  5. No meu primeiro curso fui praxada e a favor da praxe. No segundo curso que tirei declarei-me anti-praxe por uma razão muito simples: quis gastar o meu tempo a fazer coisas mais produtivas, Mas estamos num país livre e cada um deve ser senhor do ser nariz e escolher o que acha melhor para si :)

    Venus In Fleurs

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